O setor da construção civil também tem aderido ao consumo de madeira tratada. Entre elas os troncos roliços de eucalipto. A madeira de eucalipto na construção civil tem um custo bem menor que a madeira de florestas nativas.
O uso do eucalipto tratado também significa economia na construção de cercas, chegando a uma diferença de 50% nos custos. A variação no tempo de vida útil entre a nativa e a tratada chega a uma média de 15 anos. O que contribui para isso são fatores como a alta resistência à ação das chuvas e a inibição à corrosividade dos metais em contato com a madeira.
Como é a estrutura de madeira para uma residência?As vigas e os pilares (encaixados, parafusados, pregados ou ligados por ferragens) formam o esqueleto da casa. Pode-se usar toras ou peças roliças (em geral pínus ou eucalipto), madeira serrada, aparelhada (aplainada) ou lavrada a machado. O valor de uma armação instalada no local custa de 15% a 20% do total da construção.
E vale a pena usar?
Algumas das vantagens são leveza (o que implica fundações menos robustas e caras) e limpeza na obra (sem formas nem mistura de cimento, por exemplo). O material é prático em terrenos acidentados, de difícil acesso ou onde o canteiro de obras é inviável. A montagem também pode ser bem rápida – especialmente se as peças forem previamente cortadas e chegarem ao canteiro com os encaixes preparados.
Como fazer para ter uma?
O primeiro passo é ter em mãos um projeto detalhado da estrutura, feito por quem entende do assunto. Cabe ao arquiteto elaborar o projeto com um engenheiro calculista que o ajude a dimensionar as peças da armação. A execução fica a cargo de carpinteiros, empreiteiras ou construtoras especializadas. Também há empresas que assumem todo o processo: fazem o projeto de arquitetura, calculam e constróem o arcabouço de madeira.
E a mão-de-obra?
Artesanal, o trabalho de carpintaria responde por boa parte do custo dessa solução. “As toras exigem encaixe minucioso e, por isso, têm montagem mais trabalhosa e cara”, diz a arquiteta Miriam Inoue, da construtora paulista Habitate. “Inicialmente mais dispendiosas, as peças aparelhadas compensam pela montagem mais rápida e barata”, completa. “No final das contas, os custos desses diferentes sistemas podem se igualar.”
Essa é uma alternativa ecológica?
Causa menos impacto ambiental que o concreto, o aço e o alumínio, materiais que consomem energia ao serem industrializados. Também é um recurso renovável, apesar de a derrubada das florestas ameaçar várias espécies.